terça-feira, 29 de julho de 2014

Evolução humana - notícias

Esqueleto de 12.000 anos prova que primeiros habitantes da América vieram da Ásia

Amostras de DNA ligaram o esqueleto batizado de Naia aos indígenas americanos

O crânio de Naia, como foi encontrado em 2011
O crânio de Naia, como foi encontrado em 2011 - Roberto Chavez Arce

Definir a origem dos primeiros povos da América tem sido um desafio para arqueólogos e antropólogos. A descoberta de um esqueleto em uma caverna submersa do México pode ser o elo que faltava entre os primeiros habitantes da América e os povos indígenas que se desenvolveram no continente. O estudo, realizado por pesquisadores dos Estados Unidos, Canadá, México e Dinamarca, foi publicado nesta quinta-feira, na revista científica Science.

Uma das teses mais aceitas para a origem dos americanos é a de que os primeiros habitantes seriam descendentes de siberianos que chegaram ao continente por Beríngia, uma porção de Terra firme que ligou o Alasca e a Sibéria em diversos momentos do Pleistoceno, período que corresponde ao intervalo entre 1,8 milhão e 11.500 anos atrás.

Essa ideia, porém, esbarra no seguinte problema: as características faciais dos esqueletos mais antigos encontrados na América não se parecem muito com os povos indígenas da atualidade. Os crânios encontrados em escavações são mais longos e estreitos do que os dos indígenas, e seus rostos, menores. Isso levou à especulação de que os primeiros americanos pré-históricos e os indígenas tinham origens distintas – ou chegaram da Ásia em diferentes estágios de sua evolução.

Esqueletos de paleoamericanos (como são chamados os primeiros povos que chegaram ao continente americano) não são encontrados com facilidade, o que dificulta a solução do mistério. "Os paleoamericanos eram povos nômades, que costumavam enterrar ou cremar seus mortos no lugar em que estivessem, tornando a localização de suas tumbas imprevisível", afirma James Chatters, dono da empresa de consultoria Paleociência Aplicada e principal autor do estudo.
Descoberta — Por essa razão, a descoberta de um esqueleto quase completo em uma caverna subaquática no México representa um marco no estudo sobre a origem do homem americano. O esqueleto pertence a uma menina que tinha entre 15 e 16 anos e, com base em estudos de datação por radiocarbono feitos em seu esmalte dentário e análises dos depósitos minerais em seus ossos, os pesquisadores concluíram que seu esqueleto tem, pelo menos, 12.000 anos.
A descoberta foi realizada em um conjunto de cavernas mexicanas denominado Sac Actun, na costa da Península de Iucatã, acessível somente a mergulhadores. O esqueleto recebeu o apelido de Naia, que significa "ninfa das águas". Ao lado de Naia, foram encontrados ossos de grandes mamíferos. Os pesquisadores acreditam que pessoas e animais caíram nessa caverna, que se tornou submersa há cerca de 10.000 anos, com o derretimento das geleiras.
Caverna onde foi encontrado o esqueleto de Naia, co 12.000 anos de idade
Caverna onde foi encontrado o esqueleto de Naia, co 12.000 anos de idade - Paul Nicklen/National Geographic
Elo — Os pesquisadores analisaram o DNA mitocondrial de Naia — parte do material genético que é herdado apenas da mãe e utilizado para estudar ligações entre povos — e descobriram que seu perfil genético é semelhante ao dos indígenas atuais. Ao mesmo tempo, as características cranianas de Naia são dos primeiros habitantes da América. Dessa forma, Naia seria o elo entre os homens que chegaram ao continente e os que hoje vivem nele.
As diferenças craniofaciais, explicam os cientistas, se devem provavelmente a mudanças evolutivas que ocorreram depois que os habitantes de Beríngia vieram para a América.
Assim, o estudo sugere que a América não foi povoada por diferentes ondas migratórias vindas de partes da Eurásia (continente que era a junção da Europa e a Ásia), mas sim que a população se expandiu a partir dos homens que vieram da Ásia para o continente americano por meio de Beríngia. A equipe pretende agora tentar sequenciar o DNA nuclear de Naia, em busca de mais resposta sobre a origem dos povos americanos.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia

Poluição do ar matou 7 milhões de pessoas em 2012

Respire fundo antes de ler essa notícia … 


 A poluição do ar matou 7 milhões de pessoas no mundo em 2012, segundo um relatório divulgado hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS) — mais do que quatro vezes o número de pessoas mortas por AIDS no mesmo período (1,6 milhão), segundo dados oficiais também da OMS, só para se ter uma ideia do tamanho do problema. 

Desse total, 4,3 milhões de mortes foram relacionadas à poluição interna (doméstica), associada principalmente ao hábito de cozinhar dentro de casa em fogões a lenha, carvão, esterco ou outras fontes de biomassa (prática comum nas regiões mais pobres da África e da Ásia, por exemplo). As outras 3,7 milhões de mortes foram associadas à poluição atmosférica “tradicional”, tanto em áreas rurais quanto urbanas, como a que estamos acostumados a respirar na Grande São Paulo. (cerca de 1 milhão de mortes foi relacionada a ambas as formas de poluição).

Os principais problemas de saúde associados ao “consumo” de ar poluído, segundo o relatório, foram doenças cardiovasculares e respiratórias. No caso das mortes relacionadas à poluição atmosférica, 40% foram causadas por doenças isquêmicas do coração, 40% por derrames (acidente vascular cerebral) e 20% por câncer de pulmão, infecções e outras complicações pulmonares. 

Pronto, pode voltar a respirar normalmente agora … (sabendo que seus pulmões e artérias estão sendo lentamente e continuamente envenenados pelo ar a cada segundo da sua vida).

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/herton-escobar


Poluição do ar em SP é duas vezes superior aos níveis aceitáveis pela OMS

Os índices de poluição em São Paulo são duas vezes superiores ao teto estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para considerar a qualidade do ar aceitável. Os dados fazem parte de um levantamento publicado nesta quarta-feira, 7, e que analisa a situação de 1,6 mil cidades ao redor do mundo.
A OMS deixa claro que os dados de cada cidade não podem ser comparados para a elaboração de um ranking, já que o sistema de medição é distinto, assim como o ano usado como base. O levantamento se concentra na avaliação das partículas PM 2,5, as menores e com o maior potencial de afetar diretamente os pulmões. 
Para a entidade, uma cidade somente pode considerar que tem um ar limpo se apresenta uma média de, no máximo, 10 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico. Qualquer valor acima representa riscos para a saúde. Para São Paulo, a taxa seria de 19 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico (dados de 2012) - quase duas vezes o limite definido pela OMS. 
A Cetesb divulgou também nesta quarta-feira relatório referente a 2013 no qual afirma que houve uma leve queda nas médias anuais do MP 2,5, em relação ao ano anterior. O relatório não traz um valor único para a capital, mas as médias por ponto de coleta de amostras. A Cidade Universitária foi a que teve os menores índices de São Paulo, com média anual de 15 microgramas de MP 2,5 por metro cúbico. Já Pinheiros registrou uma taxa de 18; Congonhas, de 20; Parelheiros, de 22; e a Marginal do Tietê, na altura da Ponte dos Remédios, de 27.
 Plano de redução. Carlos Komatsu, gerente do departamento de Qualidade Ambiental da Cetesb, reconheceu que a cidade está ainda bem longe de atingir os padrões recomendados pela OMS. Um plano de redução da poluição está previsto para ser elaborado até o meio do ano, com adoção em três anos. Inicialmente serão colocadas três metas intermediárias, ainda inferiores ao recomendado pela OMS. Só depois de atingi-las vai tentar-se baixar ao nível ideal.  
De acordo com a Cetesb, as concentrações de dióxido de enxofre e monóxido de carbono registrados na Região Metropolitana ficaram entre os mais baixos da década. Outras capitais. No levantamento da OMS, a qualidade do ar do Rio de Janeiro aparece em pior situação que a de São Paulo. 
Dados de 2010 revelaram uma taxa de mais de três vezes os patamares estabelecidos pela entidade, com 36 microgramas. Informações de 2011 apontam que Belo Horizonte registrou uma taxa de 28, contra 17 de Curitiba e 16 de Vitória. No caso de Salvador, a taxa é de 9 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico - é a única metrópoles brasileiras abaixo do teto da OMS.  
A OMS também avaliou a situação no interior do Estado de São Paulo. Em Sorocaba, a taxa é de 17 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico; em Americana, de 18; em Araçatuba, de 21; e em Jundiaí e Ribeirão Preto, de 16. No restante da América Latina, a situação não é nada confortável. Em Lima, por exemplo, a taxa é de 38 microgramas, uma das cidades com a pior qualidade do ar entre as capitais regionais.  
Mortes. Segundo a OMS, mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente por causa da contaminação do ar. Apenas 12% da população mundial vive em cidades consideradas com um ar limpo, e metade dos habitantes do planeta está em locais onde as taxas de poluição são mais de duas vezes a taxa considerada como razoável pela OMS. 
As estatísticas mostram que uma a cada oito mortes no mundo está relacionada com a exposição a ambientes contaminados

Fonte: http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias